- Área: 11268 m²
- Ano: 2017
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Fotografias:José Campos
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Fabricantes: Bamer, Carpintaria Lino & Filhos, Iduna
Descrição enviada pela equipe de projeto. O local escolhido para acolher os novos escritórios do escritório Vieira de Almeida Associados situa-se no centro de Lisboa, numa antiga zona industrial junto ao Rio Tejo. O projecto desenvolve-se em dois edifícios industriais antigos: o principal, em frente às ruas Dom Luís I e Boqueirão do Duro, contém as maiores instalações; o menor é voltado para a Praça Conde Barão e mantém parte dos serviços de back-office.
Os dois edifícios estão conectados internamente para facilitar as comunicações funcionais e de trabalho, aumentando as circulações públicas e privadas, contribuindo para os diferentes níveis de articulação e complexidade, refletindo a nova abordagem da VdA para o espaço de trabalho.
O edifício escolhido para albergar os novos escritórios da firma de advogados Vieira de Almeida localiza-se em Lisboa, numa antiga zona industrial, junto ao rio. A proposta parte da reabilitação de um armazém das antigas garagens Sorel, um edifício do século XIX que teve várias alterações no séc. XX, e que no final deste século já se encontrava em avançado estado de degradação. O edifício era composto por uma grande nave com dois pisos e galerias. Outro edifício a ser reabilitado foi a antiga fábrica de serralharia Vulcano e Colares, virada para o Largo Conde Barão, um edifício também do século XIX, da arquitetura do ferro, e que terá tido modificações e ampliações no século XX. Procurou-se manter o caráter de ambos os edifícios que possuem características muito próprias, realçando-se a estrutura e fachada em ferro.
A presente proposta tem como premissa a reabilitação e recuperação da memória do armazém, ao mesmo tempo que responde às necessidades atuais de uma firma de advogados de grande dimensão. Aproveitou-se o grande volume vazio que caracteriza este edifício e introduziu-se uma construção interior em três pisos, mantendo grandes vazios horizontais e verticais de maneira a que o edifício pudesse ser lido como um todo (horizontal e vertical) e não como uma estratificação por pisos. Interpretou-se o edifício como um exterior e os corredores que ligam as diversas zonas como ruas, libertando a ideia de corredor convencional presente neste tipo de escritórios e incentivando a comunicação visual entre os vários colaboradores.
Estas ruas interiores são pontuadas com vários espaços de permanência, como meeting points, lounges, e um jardim exterior. Alguns dos espaços intersticiais que resultam dos volumes introduzidos no espaço podem funcionar como galeria de exposição de algumas peças de escultura de artistas portugueses, pertencentes à coleção do cliente.
Para a materialidade do edifício optou-se por deixar à vista as arcadas em tijolo, as cantarias em pedra e recuperou-se alguns elementos de ferro, introduzindo novos elementos em alumínio cinzento escuro.